Produtor de "Resident Evil 5" explica cenário africano

do Finalboss

Em entrevista para a publicação japonesa Famitsu, Jun Takeuchi, produtor de "Resident Evil 5", explicou por que o game se passa em algum lugar da África. O motivo é revelar as origens do vírus que há tanto tempo estão sendo combatidos nas edições anteriores do game.

"Nós partimos do fato de que realmente queríamos mostrar as origens do vírus. Então, para o cenário, nós pensamos, que tal o lugar onde a humanidade nasceu?", declarou Takeuchi. "Bem, eu não sou um cientista, então eu não sei como as coisas poderão mudar no futuro, mas nós pensamos em usar a África, que é chamada hoje de local do nascimento da humanidade, como modelo", continua.

"Resident Evil 5" se passa dez anos depois do fim do grupo policial S.T.A.R.S. O game deve trazer mais informações sobre o personagem principal, Chris Redfield, e o que ele fez durante todo esse tempo.

"Tudo que ele experimentou nos últimos dez anos, nós queríamos poder permitir que o jogador experimentasse também, então estamos preparando alguns meios para encorajar o jogador a fazer exatamente isso", acrescentou Takeuchi. Para terminar, os personagens de "Resident Evil 5" devem ser explorados no longa-metragem em computação gráfica "Biohazard: Degeneration".

"Resident Evil 5", previsto para Xbox 360 e PlayStation 3, ainda não tem data de lançamento definido.

Polêmica

Quando foi revelado pela primeira vez, o game foi alvo de muitas críticas, principalmente de organizações contra o racismo, por apresentar, segundo elas, formas visuais explícitas de preconceito. "Um americano branco, armado, atirando em negros de um país pobre", foram alguns dos pontos levantados e, com o passar do tempo, quando alguns achavam que a poeira tinha baixado, o assunto volta à tona mais uma vez.

N'Gai Croal, editor da publicação Newsweek, criticou o trailer apresentado na E3 de 2007 em uma recente entrevista ao blog MTV Multiplayer, declarando: "Uau, certamente nenhum negro trabalhou nesse jogo".

"Quando você encaixa aquele tipo de ficção você tem que ser cuidadoso com ela. Seria como dizer que você iria fazer algum tipo de filme de zumbi que parecia ser um cenário na Europa na década de 1940 com pessoas miseráveis, definhadas com aparência judaica", compara. "Se você vier com essa imagem, as pessoas vão dizer, 'Você está maluco?' Bem, é isso que parece para mim. Essa imagem tem uma história. Tem uma história e você não pode simular de outra forma", analisa.

"O ponto não é que você não possa ter zumbis negros. Havia bastante imagens naquele trailer que foi semelhante à clássica imagem racista", disse Croal. "Mas o que eu estou dizendo é que se eu fosse a Capcom, não teria liberado esse trailer. Eu teria dito, 'Quer saber, isso tem uma tremenda capacidade de ser mal interpretado, e nós queremos dar o sinal de que isso não é o que você pode pensar que seja' - e eles não fizeram isso".

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